Entre Irmãos

26-10-2018 15:59

Entre Irmãos

 

Enquanto Joana estava em gestação eu tentava imaginar como seria a vida com 2 crianças de idades tão próximas.
Esse pensamento era mais em relação ao Gabriel. Sendo tão pequeno para entender o que é uma irmã, como ele reagiria ao surgimento de uma bebé “estranha” à casa onde somente ele "reinava"?
Todas as atenções eram voltadas para o menino que até então sempre conviveu diariamente com os pais, e que 1 mês antes da irmã nascer passou a frequentar também uma creche. 
Então pensando bem ele não passou só pela mudança da chegada de outra criança, mas também por uma grande mudança de rotina, tudo isso num curto espaço de tempo.
O que eu quero dizer é que nós temos a péssima mania de esperar que os filhos mais velhos sejam maduros, mesmo quando não têm idade para isso. Então aquele encontro lindo na maternidade, que merece ser filmado, do irmão entrando no quarto e vendo a irmã pela primeira vez todo contente e sorridente simplesmente não existiu.
 
Gabriel agiu com total indiferença e até mesmo com algum receio, como quem diz: “O que é isto?”
Os dias passavam, e ao mesmo tempo que começava a ficar de certa forma curioso com a irmã, também sentia a necessidade de chamar a nossa atenção quando percebia que estávamos muito com ela.
Atitudes como jogar objetos e brinquedos ao chão, virar a cara, dizer não e até mesmo birras começaram a acontecer com frequência. Não posso dizer que essa mudança de comportamento se deve somente a chegada da irmã, porque como eu disse ele também começou na escolinha mais ou menos ao mesmo tempo. Mas que a mudança aconteceu aconteceu...
Com isso concluo que é preciso agirmos com paciência (o que nem sempre é fácil) e sabedoria. Isto porque não devemos agir de forma a “compensá-lo” mesmo diante de um mau comportamento. Ele já entende muitas coisas, por isso acredito que a conversa olho no olho é o ponto principal, repreendendo se necessário e claro, muito amor.
Em oração pedimos a Deus que nos guie nessa tarefa, afinal também estamos aprendendo a sermos pais de duas crianças. O que posso afirmar é que não tivemos que dividir o amor entre os dois. Realmente o amor se multiplica. 
Percebi também como é o amor de Deus para com todos os seus filhos. Para Deus não existe filhos e enteados. Seu amor como Pai é infinito e insondável. Que todos nós sejamos inspirados por esse amor, e com certeza faremos um melhor trabalho como pais e encarregados na educação dos nossos filhos.
Quanto ao Gabriel ele é a nossa fofura número 1 que está aprendendo a lidar e amar a fofura número 2, dêmos tempo ao tempo para esses dois descobrirem um dos maiores amores desse mundo: O amor entre irmãos!
 
Como é bom e agradável quando os irmãos vivem em união!”
Salmo 133:1